Como escolher a instituição parceira?



Quando fazemos trabalho voluntário na nossa comunidade, por uma decisão individual, as motivações que nos empurram são pessoais e estão relacionadas com nossas habilidades específicas e disponibilidade de tempo.

Portanto a escolha do lugar onde atuaremos é muito subjetiva, e em geral levamos em consideração a distância a percorrer, as condições de segurança, a afinidade com a proposta da organização, etc.

Quando nos engajamos num programa de voluntariado corporativo, as motivações podem até ser subjetivas, mas a relação com a organização parceira muda completamente.

É comum, em muitas iniciativas sociais privadas, ou seja, realizadas por empresas privadas, que o foco do programa seja pré-determinado por uma equipe. É comum que ele tenha que se adaptar aos horários da empresa quando o programa prevê ações durante o horário de trabalho. É muito comum também que não se faça um diagnóstico da situação local e das demandas reais daquela comunidade.

Nesse caso, alguns cuidados são necessários para amenizar o impacto social

causado pela empresa que deseja atuar na comunidade.

O Programa Voluntários Bradesco concede muita autonomia aos seus participantes, confiando a escolha das organizações parceiras e a determinação das ações a serem realizadas nas mesmas.

Isso é muito bom, pois ser voluntário é mesmo colocar a mão na massa.

Por isso o voluntário recebe informações que sugerem algumas dicas nesse momento crucial: Onde iremos atuar?

  • Escolha uma organização que queira de fato estabelecer parcerias com voluntários. Num primeiro contato a resposta é sempre positiva, mas numa conversa mais franca deve-se deixar claro qual será o papel do voluntário e qual será a contrapartida da organização

  • Aproveite os recursos que a organização já possui, valorize a mão de obra local, identifique as competências locais e ajude na delegação de tarefas.

  • Procure não interferir muito na rotina da organização, respeite os horários e costumes locais.

  • Escolha uma organização que tenha condições de dar continuidade ao que você começou. Pense na sustentabilidade das suas ações.

  • Termo de adesão ao trabalho voluntário: esse documento pode especificar as condições de trabalho e a divisão de tarefas para que fique claro o dever dos voluntários e das organizações parceiras.

  • Cuidado com os pré-julgamentos. Às vezes, na nossa condição de voluntário, nos consideramos aptos a decidir o que é melhor para aquela organização, e não ouvimos o outro.

  • Postura! Mesmo num programa organizado pelos funcionários da empresa, você carrega com você o peso da marca, as pessoas esperarão mais de você! Exija também da organização uma postura profissional, coerente com a sua proposta social.

  • O trabalho do voluntário é um pouco parecido com o trabalho do antropólogo. O voluntário deve primeiro ‘sentir’ o lugar e as pessoas, identificar os ‘sujeitos’, líderes, funcionários, e estudar a melhor maneira de interferir (sem atrapalhar) naquela realidade.

  • O voluntário usa do seu bom-senso e impõe limites para as suas ações. Impor-se desafios é sempre positivo, mas nunca comprometa a relação com a organização parceira perdendo a confiança da mesma no seu trabalho! Não faça o que você não sabe fazer bem Saber lidar com as expectativas dos líderes comunitários, colegas de voluntariado, e as suas próprias, é uma arte

  • Não prometa o que não pode cumprir. Saiba dizer não!