Como prevenir situações de risco no caso de enchentes
Nos casos de enchentes no Brasil existem municípios que, em função da ocupação desordenada do solo em áreas não edificáveis, sofrem um aumento na vulnerabilidade para as enchentes, enxurradas e alagamentos. Dessa forma, uma mesma quantidade de chuva em municípios diferentes podem ter danos humanos, ambientais e materiais completamente diferentes, em função especificamente da vulnerabilidade. Onde tiver uma barragem reguladora, obra de controle de enchentes, interligação de bacias, projeto e planos de emergência comunitária, zoneamento urbano, sistema de monitoramento, alerta e alarme, entre outras ações, a vulnerabilidade ao desastre será menor e a sua ocorrência irá resultar em danos e prejuízos menores. Ou seja, medidas preventivas são essenciais para minimizar o desastre.
O grande desafio da Defesa Civil no Brasil e da Estratégia Internacional para Redução de Desastres no mundo é o de minimizar os danos humanos, materiais e ambientais e os conseqüentes prejuízos econômicos e sociais resultantes da ocorrência de desastre. Ao incrementar o senso de percepção de risco e o comprometimento por parte das autoridades públicas, por meio da criação e operacionalização de Coordenadorias Municipais de Defesa Civil, teremos a redução de ocorrência de desastre no Brasil.
Segundo o Coronel do Corpo de Bombeiros e Defesa Civil, Roni Alberto de Oliveira, “o crescimento desordenado nas grandes cidades é uma das principais causas das enchentes”, já que a urbanização torna boa parte do solo impermeável, reduzindo a capacidade de infiltração. A ocupação de encostas causa o desmatamento e o enfraquecimento do solo. Além disso, é preciso evitar os aterros ilegais e a ocupação irregular do espaço urbano, que dificultam a dragagem de rios e canais. O Coronel diz que “a população residente em encostas e áreas inundáveis deve procurar abrigo na casa de parentes ou amigos, longe do perigo de alagamentos”.
Cuidar da cidade também é responsabilidade dos cidadãos, e medidas simples podem ajudar a evitar situações de risco em caso de enchentes ou alagamentos. Não jogar pequenos lixos nas ruas pode parecer uma atitude isolada e sem efeito, mas se multiplicada por todos os habitantes de uma cidade, pode gerar um resultado bastante significativo na prevenção de inundações.
O Coronel Roni também alerta para o tratamento inadequado dado ao lixo nas grandes cidades. É essencial saber jogar o lixo fora de forma correta, principalmente para os moradores de áreas que sofrem com as conseqüências das chuvas fortes. A sujeira que toma conta das margens dos rios é uma das responsáveis pelas enchentes que castigam as cidades sempre que chove forte. A Prefeitura do Rio de Janeiro estima que 400 quilos de lixo sejam despejados irregularmente, todos os dias, nos rios e encostas da cidade, um mau hábito que precisa ser combatido. O coronel explica que a população deve tentar colocar o lixo fora só nos dias de coleta, além de não jogá-lo em rios e canais. Outra forma de prevenir as enchentes é pendurar o lixo em um prego no alto do muro, para não ser levado pela água da chuva.
Para verificar o perigo de deslizamento, observe os seguintes sinais:
Nas casas
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Novas rachaduras ou trincas;
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Muros e paredes estufados.
Nos morros
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Rachaduras ou trincas no terreno;
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Estalos ou aumento das trincas em pedras;
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Árvores, muros e postes inclinados;
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Águas mais barrentas que o normal.
Fique atento e, se encontrar qualquer um destes sinais, faça o seguinte:
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Saia imediatamente de casa com toda a família e não volte até que a situação se normalize.
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Vá até a escola ou Unidade de Saúde mais próxima.
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Avise imediatamente a Defesa Civil.