Voluntariado no Sudeste
Fonte: http://www.baixarmapas.com.br/mapa-da-regiao-sudeste/
No Sudeste, o voluntariado é forte há tempos. Muitos grupos existem há mais de dez anos e com diferentes formas de atuar, mas sempre com um objetivo - ajudar o próximo - eles mostram que é preciso organização, alegria e alguma dose de criatividade para realizar sua missão.
Veja alguns exemplos de trabalhos bem legais:
1) São Paulo
Com o lema “Unindo forças para fazer o bem”, o grupo Inovação, do Departamento de Processamento e Comunicação de Dados (DPCD), de São Paulo, há mais de dez anos se mobiliza com bingos, rifas e até shows para fortalecer instituições que acolhem crianças e idosos, dando-lhes meios de caminhar pelas próprias pernas.
As atividades começaram com o Lar Escola A Semente, de Cotia, em 2005. Um grupo de funcionários estava disposto a fazer o bem e se direcionou à instituição, que precisava de ajuda para refazer sua infraestrutura. O grupo então realizou eventos de arrecadação de recursos e aplicou todo o dinheiro em obras, além de contar com a ajuda de amigos do departamento.
Cinco anos de engajamento deram resultado e hoje a instituição tem instalações de se orgulhar e até fonte de renda própria. “Conseguimos fazer com que faculdades realizassem eventos no espaço e doações para A Semente”, lembra Silmara di Ciervo, uma das fundadoras do grupo.
Trabalho feito, ânimo renovado, estavam prontos para outra. Após ajudarem uma organização que atendia crianças, o grupo, hoje composto por 20 pessoas, mas com a ajuda eventual de centenas, focou nos idosos. Na primeira edição do Voluntários MAIS, reestruturaram a Associação Comunitária Nossa Senhora do Carmo (Anoscar), de Osasco, por meio de obras e doação de equipamentos. Além de um novo telhado e uma parede revestida, a organização recebeu apresentação musical de voluntários.
Voluntários se apresentam em evento da primeira edição do Voluntários MAIS, no qual ajudaram a ONG Anoscar
A fórmula para levantar o dinheiro foi a mesma: divertir e fazer o bem. Com uma forte campanha interna, promoveram bingo, show do coral da Fundação Bradesco, jogo de futebol e uma feijoada, cujo sucesso a tornou mensal. A fórmula foi utilizada nos dois últimos DNAVs, mas na edição deste ano houve mais um elemento. O grupo literalmente correu atrás de mais recursos e organizou uma corrida, com apoio da prefeitura de Osasco. O evento arrecadou R$13 mil e ajudou a equipe a ganhar a segunda edição do Voluntários MAIS. A corrida fez tanto sucesso que entrou no calendário do poder público, com a renda destinada à Anoscar, que agora já pode andar sozinha.
“Após todos esses anos, vemos que é possível fazer muito com pouco, basta ter vontade. Além disso, cada atividade nos ensina que somos capazes de realizar qualquer tarefa e isto nos ajuda inclusive no dia a dia”, garante Silmara, que já está à procura de uma nova entidade para ajudar.
2) Rio de Janeiro
O pessoal da filial fluminense da BRQ, empresa de tecnologia do Grupo Bradesco, também é voluntário há bastante tempo. Suas atividades começaram em 2004, quando a mãe de um funcionário, José Jorge Alves de Oliveira, estava internada. José Jorge ficou chocado com as condições do hospital e, em vez de se lamentar, chamou colegas para melhorar a situação. De dois membros, o grupo, batizado de Emmanuel, hoje tem 198, que visitam, em média, seis instituições por ano, além de fazerem doações individuais.
“Somos um grupo de amigos de diversas áreas e atividades que se organiza uma vez por mês, a fim de fazer o bem sem olhar a quem”, resume Devyds Gomes, um dos primeiros integrantes da turma, que não para de crescer.
Parte do Grupo Emmanuel em ação.
Com 86 instituições cadastradas esperando visita e 75 já ajudadas, eles apostam na organização para atender a demanda por solidariedade. “Para cada tipo de visita (criança ou idoso) já temos uma lista de coisas que pedimos para ajudar no lanche ou na confecção dos kits”, descreve Katiene Oliveira, uma das atuais líderes do grupo. “Admito que isso deixa a atividade de ‘ajudar’ com um ‘teor’ burocrático, mas é necessário, pois facilita na hora de divulgar seu grupo, na hora das visitas e na apresentação do grupo às instituições”.
Apesar do foco na organização, Katiene garante que o sucesso tem mais um segredo: o prazer de fazer o bem. “No início, quando só fazíamos as visitas para conversar ou entregar doações, voltávamos tristes com as situações presenciadas. Hoje, mesmo visitando um lugar mais necessitado, o fato de fazermos brincadeiras, levarmos um teatro, foto maluca, lanche e kits para presenteá-los, faz com que voltemos energizados. Ajudar torna-se prazeroso e sempre somos recompensados por um abraço apertado ou um agradecimento emocionante”.
3) Minas Gerais
Formado para a primeira edição do Voluntários MAIS, em 2013, o grupo “Juntos Somos Mais”, de Poços de Caldas, investe no trabalho em equipe para ajudar a Associação dos Deficientes Físicos de Poços de Caldas (Adefip).
A atividade proposta pelos funcionários da agência 0514-Poços de Caldas, para esta primeira edição do concurso, consistiu em reciclar materiais produzidos pela própria entidade, transformando-os em artesanato, e em estampar camisetas. Artesanatos e roupas seriam então comercializados, gerando renda para a entidade. A equipe foi subdividida em três grupos, que atuaram diretamente com a Adefip ou organizaram o evento.
A primeira turma trabalhou diretamente com os atendidos, ensinando-os a transformar o lixo em produtos artesanais, como canecas, e ensinando-os a estampar camisetas. A segunda deu uma palestra para a instituição mostrando a importância de reciclar e de se ter um projeto sustentável, que gerasse renda para a instituição. O terceiro grupo ficou responsável pela organização de um baile pré-carnavalesco, cujo objetivo, além de festejar, era vender o material produzido pelos atendidos. Além disso o ingresso dava direito a uma máscara confeccionada pelos atendidos.
A ação deu super certo! Ao todo, foram vendidas 376 camisetas e o baile foi um sucesso. A renda, adicionada a doações individuais estimuladas pelo grupo e outras atividades, resultou na compra de equipamentos de estamparia para a Adefip.
Na segunda edição do Voluntários MAIS, as ações se repetiram – novas camisas e produtos foram para o mercado! Já no DNAV deste ano, os voluntários decidiram mudar um pouco o foco e realizaram uma grande faxina na instituição. A ação ainda ganhou o apoio de toda a praça de Varginha.
Pessoal se diverte na faxina.
Mas o que faz esses colegas se mobilizarem? “A principal motivação é a satisfação de poder estar fazendo a diferença na vida de alguém”, diz Ana Paula Gonçalves, uma das fundadoras do grupo. Ana Paula acredita que, apesar de algumas atividades parecerem pequenas, os resultados são grandes. Por isso, nunca se deve desistir.
Ainda não sabe como começar? Procure um Centro de Voluntariado.
Apesar de ser a região mais rica do país, o sudeste ainda tem muita gente precisando e ajuda. Diversas organizações sociais fazem trabalhos bem legais de assistência social e muitas precisam de uma mão amiga para levar adiante suas atividades, como você pôde ler acima. Os centros de voluntariado, espalhados por todo o país, ajudam programas e ONGs a mobilizar pessoas para fazer o bem.
Entre em contato com esses centros para saber mais sobre como ajudar entidades em sua cidade ou região.
Centro de Voluntariado de São Paulo
Centro de Voluntariado do Rio de Janeiro
Centro de Voluntariado de Minas Gerais