Poluição: é muita, mas você pode ajudar a diminuir

Quando se diz que o ar de uma cidade está pesado, a expressão muitas vezes é literal. A quantidade de poluentes na atmosfera faz com que respiremos diversas substâncias que fazem mal à saúde e chegam a matar. Isso acontece pois cada vez mais a Humanidade produz alguma forma de lixo e o joga sem tratamento na natureza, seja no ar, nos rios, no mar ou no solo.

O impacto é claro: 23% de todas as mortes do mundo são causados por questões relacionadas à degradação ambiental, segundo um recente relatório do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma), chamado "Meio Ambiente Saudável, Povo Saudável" (Healthy Environment, Healthy People, em inglês). Em 2012, o percentual se traduziu em 12,6 milhões de falecimentos. Sendo a poluição do ar a principal causa, respondendo por sete milhões de óbitos naquele ano.

Um outro estudo, feito pela Organização Mundial da Saúde (OMS), pesquisou 45 cidades brasileiras, de diversos tamanhos e localizações, e concluiu que em 40 delas a qualidade do ar é pior que o limite tolerado pela instituição. Segundo o documento, 80% das pessoas que vivem em áreas urbanas estão expostos a ar de má qualidade.

Isto acontece porque a cada ano o mundo aumenta a emissão de gases poluentes, principalmente o dióxido de carbono (CO2). Ele é o principal produto da queima de combustíveis de origem fóssil, como derivados de petróleo (gasolina, por exemplo) e carvão.

Em 1990, por exemplo, o planeta produzia mais de 20 bilhões de toneladas de CO2. Em 2013, 32 bilhões de toneladas - o Brasil foi responsável por 1,5 bilhão de toneladas, ou 4,6% do total.

No nosso caso, porém há uma boa notícia: estamos poluindo menos o ar! Em 2004, por exemplo, emitimos 2,8 bilhões de toneladas de gases poluentes. Foi nosso recorde. Desde 2009, temos nos mantido na faixa de 1,5 bilhão.

Ainda é muito... Ainda mais se considerarmos que, além de problemas de saúde, toda essa fumaça aquece o planeta ao formar uma espécie de estufa na atmosfera. Com isso, além de mais quente, o tempo fica ainda mais imprevisível e catastrófico (já reparou na quantidade de enchentes, furacões e secas que têm sido noticiada ultimamente?).

Segundo cientistas, é preciso interromper esse crescimento, caso contrário o planeta se tornará um lugar pior para se viver.

Mas o que fazer? Incentivar o uso de energia de fontes alternativas e diminuir o uso de carros particulares, privilegiando o transporte público, caronas, bicicletas e caminhadas já é um bom começo wink

Respire tranquilo, você pode ajudar

  • Sempre que possível, deixe o carro em casa. Use o transporte público ou vá a pé ou de bicicleta ao trabalho. Um carro emite cerca de um quilo de CO2 a cada quilômetro rodado. Multiplique isso ao dia e veja o quanto você pode cortar!

  • Reduza o consumo de energia, pois a produção dela muitas vezes demanda muito combustível das usinas termelétricas. Ou seja, apague a luz quando não estiver no quarto, não deixe eletrodomésticos ligados quando ninguém estiver usando etc.

  • Plante uma árvore. Sabia que ao longo da vida uma árvore absorve cerca de uma tonelada de dióxido de carbono?

  • Recicle o que for possível. Se uma casa tradicional conseguisse reaproveitar todo o lixo que produz ao longo do ano, ela deixaria de produzir, direta e indiretamente, duas toneladas de CO2.

  • Calcule: quer saber quantos quilos (ou toneladas) de carbono você produz no dia a dia? Veja qual o tamanho da sua pegada de carbono nesta calculadora.

Fonte: http://www.aquecimento.cnpm.embrapa.br/conteudo/voce.htm